sexta-feira, 3 de setembro de 2010

FAÇA-SE A LUZ

Se aceitarmos, como comungo, que a Dignidade da Pessoa Humana é uma derivação lógica da elevação do pensamento e não um tributo inerente a natureza humana, forçosamente entenderemos que na medida em que nos afastamos de nossos instintos animais básicos, mais e mais estaremos aceitando que a evolução da espécie se dará pelo coração e não pelos avanços genéticos.
Darwin não estava errado, os indivíduos fortes sobrevivem se adaptam e se perpetuam. Mas não é disso que estamos falando aqui. A questão abordada passa ao largo do individual e próxima do indivíduo pressupondo que cabe ao forte mais do que a mera perpetuação ou supremacia. Resumirmos-nos a isso seria o corolário da estupidez nazista.
A compaixão exige força, não àquela que nos perpetua e sim a que no distinguiu no mundo animal. Força moral resulta da mencionada elevação do pensamento, este, disponível a qualquer um que se disponha. Não se confunde com julgamento moral, seja ele fundamentado em credos ou regras sociais. Ao contrário, trata-se da abolição dessas valorações em face do direito de ser, pensar e expressar, atrelados as condições que os garante.
Dignidade da Pessoa Humana é isso, uma plêiade de conceitos desaguando no indivíduo, tal e qual um prisma que nos mostra que a soma de todas as cores que compõe a luz é que clareia as trevas...

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