sexta-feira, 3 de setembro de 2010

EGO

A importância que não te dou, é a mesma que achas que possui.
Tuas amargas palavras, empilhadas, fizeram em torno de ti um muro.
Melhor aproveitadas seriam, se delas fizesse um novo caminho.
Muro? Para quê? Não tens vizinhos.
Para isolar-te?
Desvia o olhar do teu umbigo por uma fração de tempo e olha a tua volta, não poderia estar mais deserto e vazio do que tuas insignificantes palavras.
A solidão que se auto-infligiste não é teu castigo, é antes, o caminho que escolheste para trilhar. Ainda que caminhes em círculos. Pequenos círculos.
Surpreende-me achar que me causou algum impacto.
Ofende-me teu pedido de desculpas.
Delírio imaginar que construímos um elo.
Aprende: somente somos magoados por quem nos é caro, ou pelo menos respeitamos.
Segue logo criatura sua trilha ao redor do teu ego.
Quando, e se não mais suportares, afasta-te de ti mesma e reencontra-te com a vida, a que resta dela.
Segue na certeza de que não mais nos encontraremos.
Não temos apenas caminhos diferentes, temos mundos diferentes.
A nossa breve convergência foi fruto do acaso, não da intenção.
E é ela, a intenção, a mais sólida garantia de que não mais cruzaremos nossos mundos novamente.

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