quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

50 TONS DE CLOROFILA


O mundo não é mais o mesmo. A comunicação instantânea, redes sociais e ferramentas de busca e pesquisa mudaram para sempre o intelecto das novas gerações, para pior, óbvio!   

Deste surrado avatar que habito a cinqüenta e quatro anos vislumbro admirado, a capacidade, ou como queiram alguns, a falta desta, de interpretar. Imagino se ainda é possível aos publicitários passar mensagens subliminares.

O entendimento de metáforas de baixa complexidade se tornou um exercício inexpugnável para um exercito de formadores de opinião em blogs e afins.

Ler um texto não significa necessariamente entender o texto. A metalinguagem se tornou uma ciência morta. Significado e significante nada mais significam! Estamos na era da semiologia radical, somente sobreviveram os símbolos de forma chapada e objetiva.

Imagino o problema quando médiuns tentarem psicografar mensagens enviadas do além, resumidas a conceitos quase rupestres, .

Não existem saídas mágicas para reverter esta situação e o caminho da educação é lento e gradual.

Pode-se até ensinar alguém a ler e escrever em poucos dias, no entanto, ensinar a compreender e entender o que se esta lendo demanda muito mais tempo e, infelizmente, a vontade de querer fazê-lo.

Vale lembrar que existem mais de 50 tons de clorofila, não é necessário que analfabetos funcionais morram de fome aos milhares. Basta entender a variação do capim na escala tonal...

Gustavo Durlacher

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